Durante a sua estadia em Angola, em um dos terminais do Porto de Luanda, o navio-hospital chinês Arca da Paz atendeu funcionários de diversos organismos do Estado e a população em geral, beneficiando mais de seis mil pessoas.
As consultas, que tiveram um elevado nível de adesão, abrangeram muitas áreas, desde a medicina tradicional à convencional.
Domingos Sérgio Mavacala, que realizou a consulta de otorrino, mostrou-se satisfeito. “Nem sempre há oportunidade de fazer determinados exames e eu tinha marcado uma consulta num hospital. Como a localização desta unidade e a data eram muito distantes, achei boa a oportunidade para realizar a consulta no navio”, afirmou.
Domingas, outra paciente, conseguiu fazer uma consulta de oftalmologia, depois de várias tentativas, sem sucesso, numa unidade hospitalar pública. “Há três meses que tentei fazer consultas no Hospital Militar, mas sem sucesso. Aqui no navio, consegui resolver a situação”, destacou.
Luís Martins, por sua vez, apelou à realização de mais acções deste género, para que as pessoas tenham mais acesso gratuito a exames médicos. “Por exemplo, tentei tratar o meu dente num hospital público, mas tive dificuldades. Por isso decidi vir aqui para resolver esta situação”, referiu.
De 26 de Julho a 1 de Agosto, o navio-hospital chinês Arca da Paz atendeu 6 mil 745 doentes, realizou 74 exames físicos, 27 internamentos, 3 mil 677 exames auxiliares, 107 cirurgias em prestação médica ambulatória e 25 em serviço de internamento, além de uma consulta especializada.
Os médicos chineses prestaram também assistência em conjunto com os angolanos no Hospital Militar Principal onde realizaram 5 cirurgias.
Para além da oftalmologia, que mais adesão teve, outro acontecimento insólito foi o nascimento do pequeno Abner Marcelino dentro da embarcação.
Dito de outro modo, passada a data prevista para o seu nascimento, a mãe dirigiu-se ao navio-hospital para saber o estado da gravidez e lá acabou por dar à luz.