O Porto de Luanda realizou recentemente, no âmbito do reforço contínuo das medidas de segurança, o seu segundo simulacro do ano, com o objectivo de testar a resposta operacional diante da elevação do nível de protecção para o grau número dois.
A acção foi coordenada pela Direcção de Segurança e Ambiente (DSA) e contou com a participação de várias entidades, entre as quais técnicos de pretecção, efectivos da Unidade de Polícia de Segurança Portuária (UPSP) e os operativos da AROND colocados nas portarias.
Segundo Paulo Neto, técnico da DSA, o exercício simulou uma potencial ameaça que poderia colocar em risco as operações portuárias. “Este tipo de simulação é fundamental para treinar o pessoal e avaliar a prontidão em face de cenários reais de incidentes graves”, explicou o responsável, destacando que o foco principal foi o controlo de acessos, um dos pontos críticos em situações de risco.
O simulacro incluiu revistas, interpelações e restrições ao acesso, acções que ocorrem quando o nível de protecção passa de 1(um) para 2(dois), normalmente em resposta a uma ameaça potencial identificada, ainda que não confirmada. “O objectivo é prevenir ou mitigar possíveis incidentes que possam comprometer a segurança das instalações e dos utentes”, reforçou Neto.
A Direcção de Segurança e Ambiente planeia realizar entre três e quatro simulacros ao longo do ano, alinhando-se com as recomendações do Código Internacional para a Protecção de Navios e Instalações Portuárias (ISPS Code, em inglês). “Quanto mais vezes treinarmos, maior será a eficácia da resposta e melhor será a preparação do nosso pessoal”, afirmou o técnico.
Entre os constrangimentos identificados durante os exercícios, está a resistência de alguns colaboradores em cumprir os procedimentos de segurança. “Ainda encontramos dificuldades na cooperação, tanto entre colegas como em agentes da polícia destacados no Porto. Isso enfraquece a cultura de segurança que queremos consolidar”, apontou.
Paulo Neto deixou ainda um apelo aos colaboradores para que respeitem as instruções da portaria, apresentem os seus passes e colaborem nas revistas. “Estamos numa fronteira marítima. A segurança começa com pequenos gestos: seguir orientações, colaborar, respeitar. Só assim garantimos um Porto mais seguro para todos”, concluiu.