O ministro dos Transportes, Ricardo D’Abreu, defendeu esta terça-feira, 8 de Julho, que a preparação de Angola para a auditoria obrigatória da Organização Marítima Internacional (OMI), marcada para Novembro, deve dar prioridade ao investimento no capital humano.

Ao intervir na abertura da Conferência Nacional sobre a Preparação para a Auditoria Obrigatória da OMI, que decorreu de 7 a 8 de Novembro, no Epic Sana, o ministro disse que o país será escrutinado em várias frentes, sendo o desenvolvimento de quadros especializados uma área crítica.

Entre os sectores que estarão sob avaliação, destacou a segurança da navegação, a protecção ambiental, a formação e certificação de marítimos, as condições laborais a bordo, a inspecção de navios e a fiscalização portuária.

Ricardo D’Abreu considerou que a realização da conferência representa um ponto de viragem para afirmar o mar como um activo nacional estruturante. Sublinhou, contudo, que não basta contar com uma Agência Marítima Nacional motivada, empenhada e tecnicamente competente.

Para garantir o sucesso do processo, defendeu uma actuação coordenada entre os sectores dos Transportes, Petróleos, Mar e Pescas, Ambiente, Defesa, Finanças, Justiça e Interior. “Todos legislam, todos regulam, todos executam. Por isso, todos devemos estar alinhados e trabalhar para o bem comum do nosso país. Este alinhamento não é uma escolha. É uma responsabilidade partilhada”, afirmou.

O ministro adiantou ainda que foram identificados pontos críticos e áreas cinzentas que serviram de base para a elaboração da Estratégia Nacional 2025–2029 sobre a Implementação dos Instrumentos Obrigatórios da OMI. O documento define prioridades claras, metas mensuráveis, responsabilidades institucionais e indicadores de desempenho.

Por fim, sublinhou que a boa governação marítima deve ser transversal, intersectorial e colaborativa.