A Comissão de Prevenção de Acidentes de Trabalho (CPAT) do Porto de Luanda deu início, no dia 2 de Outubro, a uma série de visitas técnicas aos terminais e empresas de reboque e pilotagem, com o objectivo de avaliar as condições de higiene, segurança e saúde no trabalho e reforçar a cultura de prevenção de acidentes no recinto portuário.

O presidente da CPAT, Paulo Jerónimo, explicou que a iniciativa visa preservar a vida humana, promover boas práticas e assegurar o cumprimento da legislação sobre segurança ocupacional, assim como dos compromissos internacionais assumidos, nomeadamente os 1.º e 2.º princípios do Pacto Global da ONU.

“As visitas técnicas permitem-nos avaliar directamente as condições de segurança do ambiente de trabalho e identificar oportunidades de melhoria. O foco é garantir que todos os trabalhadores desempenhem as suas funções em ambiente seguro e devidamente controlado”, afirmou.

As actividades decorrem durante os meses de Outubro e Novembro, com carácter anual, podendo ser realizadas sempre que necessário. Os resultados serão acompanhados pela CPAT, assegurando o seguimento dasrecomendações.

Segundo Paulo Jerónimo, a actividade enquadra-se no Programa de Actividades da CPAT para 2025, em cumprimento de orientações do Conselho de Administração do Porto de Luanda. “A Comissão tem um papel consultivo e técnico, colaborando com os terminais na prevenção e investigação de acidentes e na promoção do bem-estar laboral”, salientou.

A primeira visita técnica foi realizada à Sogester, assinalando um momento de cooperação entre as comissões da concedente e da concessionária. Durante o trabalho de campo, a CPAT constatou boa organização e limpeza das áreas operacionais, cumprimento dos procedimentos de segurança e uso adequado de Equipamentos de Protecção Individual (EPI).

“Foram observados níveis satisfatórios de disciplina operacional e uma forte adesão às práticas de segurança”, destacou Jerónimo, acrescentando, porém, que “há necessidade de reforçar a sinalização e o sistema de reporte de incidentes”.

Entre as acções futuras, Paulo Jerónimo salientou a criação de um sistema digital de reporte e gestão de incidentes, o reforço da investigação e da cultura de segurança em toda a cadeia portuária, com destaque para a certificação ISO 45001, visando a uniformização das práticas e a meta de “zero acidentes”.