O 17.º Conselho Consultivo do Ministério dos Transportes, realizado nos dias 11 e 12 de Setembro de 2025 na cidade do Lubango, província da Huíla, sob o lema “Angola 50 anos, Conectividade, Integração, Inovação para uma Economia Diversificada e Sustentável”, salientou a necessidade de posicionar os portos angolanos como verdadeiros hubs logísticos regionais, no quadro de uma estratégia integrada de promoção internacional de activos de transportes e logística, com o objectivo de atrair mais investidores e operadores internacionais.

O encontro recomendou igualmente a aceleração da implementação da Janela Única Logística (JUL), acompanhada de capacitação técnica, harmonização de processos e monitorização contínua, para garantir ganhos sustentáveis em eficiência e dinamizar o comércio externo. Outro ponto relevante incidiu sobre as concessões, com a defesa do estímulo à inovação tecnológica e da adopção de práticas verdes, alinhadas com padrões internacionais de sustentabilidade.

Entre as recomendações de carácter mais abrangente, destacou-se a necessidade de as entidades do sector elaborarem planos estratégicos integrados de tecnologias de informação e de cibersegurança, garantindo a protecção dos activos digitais e a continuidade do negócio.

Na sessão de abertura, o Ministro dos Transportes, Ricardo Viegas D’Abreu, reafirmou que 2025 foi consagrado como o ano da consolidação das reformas e da entrega de resultados efectivos. Sublinhou a missão de servir bem a todos os cidadãos e destacou o alinhamento entre desempenho e lealdade institucional como factores determinantes para assegurar um progresso sustentável.

O Conselho contou com a participação de 220 delegados presenciais, entre representantes do órgão central, agências e institutos públicos, empresas do sector e directores provinciais de transportes, além de mais de 650 quadros que acompanharam virtualmente.

Ao longo de dois dias foram realizados nove painéis e quatro mesas-redondas, onde se discutiram temas ligados a infra-estruturas, ferrovia e desenvolvimento territorial, digitalização e automação, céus abertos, conectividade aérea regional e gestão do capital humano.

Na declaração final, foi reafirmado que o sector dos transportes é um pilar essencial para a sustentabilidade da economia angolana. O sucesso deste propósito, segundo os participantes, dependerá da conjugação entre competência técnica, compromisso público, desempenho e lealdade institucional, sempre orientados pelo interesse colectivo