Durante uma visita oficial ao Porto de Luanda, realizada no dia 17 de Junho, o Ministro das Obras Públicas e Transportes da Namíbia, Veikko Nekundi, enfatizou a importância estratégica da cooperação com Angola para o fortalecimento das operações portuárias na região da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).

Nekundi destacou que a principal expectativa da visita é assimilar as boas práticas observadas em Luanda, com o objectivo de modernizar os portos da Namíbia e torná-los mais eficientes. “Acreditamos que, em conjunto, poderemos transformar a costa ocidental da SADC numa referência em operações portuárias, especialmente com a implementação de soluções na região de Banda”, afirmou.

O ministro expressou ainda um forte desejo de cooperação bilateral. Para ele, a complementaridade entre a Autoridade Portuária da Namíbia e as operações portuárias angolanas é essencial para facilitar o acesso dos países sem litoral aos mercados internacionais. “A Namíbia e Angola devem continuar a trabalhar em conjunto para garantir uma melhor circulação de mercadorias na região”, reforçou.

Entre os aspectos que mais chamaram a atenção da delegação namibiana está a Janela Única Portuária (JUP), ferramenta que, segundo Nekundi “garante maior eficiência nas operações logísticas. Em segundo lugar, despertou-nos particular interesse a forma como Angola integrou a logística petrolífera no funcionamento portuário. Esta integração revela-se fundamental para um país como o nosso, que está a entrar na fase inicial de exploração de petróleo e gás”.

Com base na visita, o governo namibiano pretende avançar com projectos concretos, como a compatibilização das Janelas Únicas Portuárias entre os dois países, especialmente na fronteira estratégica de Santa Clara/Oshikango. A iniciativa visa facilitar a transição de mercadorias entre os portos de ambas as nações.

No domínio energético, a prioridade da Namíbia é desenvolver uma base logística robusta para apoiar o sector petrolífero em fase inicial. “Queremos aprender com a experiência angolana. Apesar de estarmos ainda na fase embrionária, não queremos ser apanhados desprevenidos”, concluiu Nekundi.